Os moradores deste imóvel em São José dos Campos, no interior de São Paulo, procuraram a paisagista Clariça Lima (@studioclaricalima) para incorporar a natureza e conferir fluidez ao projeto contemporâneo assinado pelo escritório SP Arquitetos (@sparquitetos).
Árvores nativas foram espalhadas por todo o jardim de 600 m² para que, no futuro, suas copas densas tragam sombra à área externa. Exemplares mais populares como ipê-branco, pau-brasil, pau-ferro e jabuticabeira foram combinados a espécies regionais, como cambará e tataré, do Rio Grande do Sul e da Mata Atlântica carioca, respectivamente.
Pisadas de granito branco, organizadas como um mosaico sobre a grama-esmeralda, conectam a casa aos demais espaços de lazer. “No canteiro entre o muro e a piscina era importante haver espécies de alturas diferentes e criar uma cortina verde, com boa volumetria, de forma que a vegetação abraçasse toda a extensão da casa”, diz Clariça.
Capim-do-texas verde e palmeira veitchia cumprem este papel, sem que as folhagens invadam a piscina. No muro, a trepadeira jasmim-dos-açores começa a ser conduzida por cabos de aço.
Para recobrir as vigas metálicas da área gourmet, a paisagista optou por sapatinho-de-judia, e para a varanda, tumbérgia-azul. “Quando cultivadas diretamente no solo, essas plantas trepadeiras têm um crescimento mais rápido, ideal para cobrir malhas metálicas e entrelaçar pilares”, orienta a profissional.
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Em volta da piscina, as caixas de som foram ocultadas por densos maciços com íris-azul e guaimbês. Próximo à jabuticabeira, outro espaço de convivência promove o contato com a natureza. “Esta é uma região quente, que sofre uma grande queda de temperatura à noite. Assim, foi solicitado um fogo de chão para proporcionar aquecimento nas noites mais frias”, diz Clariça.
Os novos eixos de circulação quebram as linhas retas do terreno.
— Clariça Lima
As espécies principais são as árvores nativas, pensando no conforto térmico e na privacidade.
— Clariça Lima